Realismo no Brasil
O Brasil passou por grandes mudanças
políticas e sociais na segunda metade do século XIX. O tráfico de escravos foi extinto e a
abolição da escravatura ocorreu em 1888. A falta da mão-de-obra escrava foi
substituída pelo trabalho dos imigrantes europeus. Por causa do preconceito e da
qualificação européia para o trabalho assalariado, o negro foi marginalizado
socialmente. A economia açucareira estava em decadência,
enquanto o eixo econômico deslocava-se para o Rio de Janeiro, devido ao
crescimento do comércio cafeeiro nessa região. A evolução na indústria trouxe
tecnologia às empreitadas do governo: a primeira estrada de ferro foi
construída em 1954 (ligava o Porto de Mauá à raiz da Serra da Estrela) e logo
depois, a Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1889 foi proclamada a
República pelo partido burguês Republicano Paulista (PRP), com a posse do
primeiro presidente, o marechal Deodoro da Fonseca.
Em meio às questões sociais, econômicas
e políticas pelas quais o Brasil passava, a literatura reagia contra as
propostas românticas com o surgimento do Realismo sob influência do
positivismo.
O positivismo, chegado da França, era
uma corrente filosófica que tinha como fundamento analisar a realidade. Logo,
as produções literárias do Realismo no Brasil, como o próprio nome já diz,
estão voltadas à realidade brasileira.
Podemos apontar algumas características
da literatura realista em oposição à romântica: os cenários (focados em centros
urbanos); a natureza não mais vista como reflexo dos sentimentos, mas dando
vazão ao ambiente social; o amor visto de maneira irônica, sem exaltações, o
casamento realizado para fins de ascensão social; o trabalho como parte da vida
cotidiana das personagens.
O Realismo no Brasil pode ser dividido
entre as produções em prosa e poesia, nas quais se destacam os autores: Aluísio
Azevedo, Raul Pompéia e Machado de Assis.
Líder : Fabiana Rodrigues
Carlos André