sábado, 18 de agosto de 2012

Com a derrota do poder absolutista houveram mudanças no teatro nacional

O teatro é restaurado e nos deixa novos românticos e novos gêneros.
Em Portugal, com o surgimento do romance, o teatro nacional foi impulsionado a assumir temas mais populares e nacionais.

O teatro no Romantismo em Portugal, foi principalmente marcado pelo grande dramaturgo Almeida Garret, o qual foi considerado o fundador do teatro nacional. Uma de suas peças mais destacadas é “Um auto de Gil Vicente” que é uma homenagem ao também dramaturgo português Gil Vicente, juntamente com “Frei Luís de Sousa” são importantes e famosas obras de Garrett, que se mostram dentro do nacionalismo.     

Além de Garrett, em Portugal, houveram muitos outros como Alexandre Herculano, que fundou o gênero de romance histórico, tendo como obra principal “Eurico, o presbitero”. Essa obra relatava argumentos contra o celibato, revelando o sentimento do homem romântico da época. Camilo Castelo Branco fixou no Romantismo a novela, a qual tem uma história objetiva e nunca é contada com o tempo no presente. Suas novelas tinham os temas relacionados à sátiras, terror, paixões, etc. Ao todo se somam 54 obras. Júlio Dinis retratava em suas peças o dia a dia dos portugueses. Com ele surgiu o chamado romance contemporâneo com suas obras “Uma família inglesa”, “As pupilas do senhor Reitor” e “Os fidalgos da casa mourisca”.

Coube a Gonçalves de Magalhães ter iniciado o teatro romântico brasileiro com seus dramas “Antônio José” e “O poeta e a Inquisição”. Mas foi Martins Pena que consolidou e deu origem a comédia dos costumes, caracterizada por ironizar e satirizar a sociedade. Suas obras vão desde a comédia a dramas e farsas sobre diversos temas como velhas encalhadas, velhos abusados, moças a espera do casamento, etc. No final dos dramas, eram apresentadas farsas para relaxar a plateia das cenas fortes.
Manuel Antônio de Almeida teve somente uma única obra chamada “Memórias de um sargento de milícias” com o conteúdo cheio de sátiras e malícias. José de Alencar foi o consolidador do romance, expondo sua visão social e política. Suas peças são classificadas em Romances de costumes (“Cinco minutos”, “Encarnação”), Romances regionais (“O gaúcho”, “O sertanejo”), Romances rurais (“Til”, “O tronco”), Romances históricos (“A Guerra dos Mascates”, “As minas de prata”) e Romances indianistas (“O guarani”, “Iracema”).
Tanto em Portugal quanto no Brasil, o romance ganhou espaço dando origem a novos gêneros teatrais e imortalizando as valiosas obras deixadas por grandes dramaturgos.

Líder do Grupo: Rhísia Mariane.